"Eles estão cantando de galo", diz Weintraub, reafirmando críticas à China em entrevista a Datena

O ministro fez chantagem para se desculpar e achou uma "acusação dura" ser chamado de racista. "Falar que sou racista é uma acusação que, se fosse um brasileiro, teria de provar na Justiça"

Abraham Weintraub em entrevista a José Luiz Datena (Reprodução)
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Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira (6), o ministro da Educação, Abraham Weintraub reafirmou as críticas ao governo chinês, reforçou sua teoria da conspiração sobre o uso comercial da pandemia do coronavírus pelo país oriental e disse que "eles estão cantando de galo", sobre a pressão para que ele se desculpe pelo tuíte irônico nas redes sociais.

"Não acho que foi um post tão pesado, não xinguei nenhum chinês. Se for para cantar de galo e leiloar respirador pelo mundo, não foi nada de grave e não sou racista. Pronto. Estão cantando muito de galo", disse Weintraub, com voz alterada.

O ministro acusou a China de fazer respiradores para "leiloar" para o mundo durante a pandemia de coronavírus.

"Dado que a embaixada ficou extremamente ofendida. E eu sei como é a cultura chinesa: 'estamos profundamente ofendidos, venham pedir perdão aqui'. É um jodo de poder muito forte, eles exigem isso. E estão expandindo sim a musculatura pelo mundo. Então, faz parte de um jogo de poder. Estão batendo o pé no chão pra gente ficar com medo", disse Weintraub.

O ministro ainda propôs chantagem para pedir desculpas ao governo chinês.

"Eu sou brasileiro. Meu acordo aqui: eu vou lá, peço desculpas, peço por favor, me perdoem por minha imbecilidade. A única condição que eu peço, é que dos 60 mil respiradores que já estão disponíveis, eles vendam mil respiradores para o MEC para salvar a vida de brasileiros pelo preço de custo. Manda a embaixada colocar os mil respiradores aqui nos meus hospitais, eu vou lá na embaixada e falo eu sou um idiota, mil perdões", disse, referindo-se a suposto mil respiradores que estariam faltando em hospitais de universidades geridos pelo MEC.

O ministro ainda achou uma "acusação dura" ser chamado de racista. "Falar que sou racista é uma acusação que, se fosse um brasileiro teria de provar na Justiça. Poque é uma acusação grave".