Em live com Osmar Terra, Veio da Havan diz que mortes por Covid-19 que "estão aparecendo são de muito tempo atrás"

Em vídeo enviado ao secretário-executivo do Ministério da Saúde, o coronel Elcio Franco Filho, Hang havia prometido fazer uma live com Terra para para “mostrar o que está por trás dos números” recorde de mortes pela covid-19

Luciano Hang, o véio da Havan, e Osmar Terra (Reprodução)
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Principal influenciador da nova política de divulgação de dados sobre o coronavírus feita pelo governo Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, o véio da Havan, disse em live com o deputado Osmar Terra (MDB-RS), que as mortes divulgadas anteriormente não refletiam o número de vítimas fatais da Covid-19 nas 24 horas.

“Muitas mortes que estão aparecendo hoje [como óbitos confirmados de coronavírus] são de muito tempo atrás. Não refletem a morte que está acontecendo hoje. As de hoje e o número de internações estão bem inferiores ao que já aconteceu”, disse o empresário, sem apresentar dados.

Em vídeo enviado ao secretário-executivo do Ministério da Saúde, o coronel Elcio Franco Filho, Hang havia prometido fazer uma live com Terra para para “mostrar o que está por trás dos números” recorde de mortes pela covid-19.

A "nova metodologia", que não é seguida por nenum país no mundo, já pode ter sido adotada pelo governo, que nesta segunda-feira (9) divulgou um número inferior - de 679 mortes - ao que foi levantado por veículos de mídia junto às secretarias estaduais de saúde - de 849 mortos.

Terra
Na live com Hang, Terra defendeu que o governo deve contar apenas as mortes que ocorreram no dia - ignorando as que foram registradas e identificadas como coronavírus que ocorreram em dias anteriores.

“Tem que pôr a data no dia em que morreu, porque se não a curva fica errada, fica distorcida. […] Isso cria a falsa impressão de que está piorando, e não está, a curva está caindo”.

A opinião do deputado foi corroborada pelo empresário. “Nada mais lógico do que você computar a morte pelo dia em que o paciente morreu, não pelo dia em que está sendo notificado [o óbito]. Se não, a gente está recebendo uma carga de óbitos agora que aconteceu lá atrás”, disse Hang.

Terra criticou o estudo da Imperial College segundo o qual a quarentena evitaria centenas de milhares de mortes pelo coronavírus. “Fizeram uma conta só no papel, é uma projeção matemática, não é uma evidência científica”, disse Terra, sem detalhar quais seriam os problemas metodológicos da pesquisa.

“Que economia de cidade ou estado consegue ficar seis meses fechada? Se nós pudermos trabalhar usando máscaras, com segurança, lavando as mãos, usando álcool, por que não fazer? Não existe nenhuma base científica [que ampara a quarentena]”, afirmou Hang.