O rapper e empresário Emicida publicou um vídeo em seu Twitter na última sexta (5) explicando por que não vai nos protestos marcados para o próximo domingo (7).
"Se vocês derem uma busca, tem um monte de epidemiologista e infectologista sério chamando isso de genocídio. Aguarda-se um crescimento de 150% nos próximos dias", diz ele, no início de seu vídeo de quase 8 minutos.
Emicida frisa que quem tende a ser alvo nos protestos são os mais vulneráveis, relembra a prisão de Rafael Braga, que aconteceu nos protestos de 2013, e fala que qualquer aglomeração agora, por mais legítima que seja, é pular na ciranda da necropolítica.
Sua fala foi aplaudida, criticada, questionada e suscitou debate entre a militância. Enquanto a maioria concordou, uns outros tantos responderam de forma agressiva e outros, ainda, pediram sugestões do que fazer.
Talvez o tom usado não tenha sido o ideal, mas os pontos levantados por ele são mais que pertinentes, já que essa crise é um impasse nunca vivido: o perigo de um golpe em meio a uma pandemia, a incompetência de absolutamente todas as instâncias do poder Executivo, ascensão do discurso fascista e nazista se espalhando pela internet e militantes sendo expostos com nome, rosto e endereço.
"Não cheguei até aqui por agir na emoção e não é agora que eu vou começar", diz Emicida.
Veja o vídeo e leia abaixo alguns dos contrapontos feitos por seus seguidores: