Epicentro da Covid-19, Manaus registra 60% das mortes por "causa desconhecida" ou doença respiratória

Em oito dias, a cidade registrou um número de sepultamentos igual ao mês inteiro de abril de 2019

Covas coletivas abertas em Manaus no primeiro pico da pandemia - Foto: Alex Pazuello/Semcom Manaus/Fotos Públicas
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O número de sepultamentos por causa desconhecida ou doença respiratória explodiu em Manaus no mês de abril. A cidade hoje é epicentro da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Das 830 mortes registradas na cidade nos últimos oito dias, 60% correspondem a estas duas categorias. Dados são da prefeitura da capital do Amazonas.

Ainda, o total de sepultamentos registrados apenas entre os dias 15 e 22 de abril é praticamente igual ao mês inteiro em 2019. Em abril do ano passado, foram registrados 871 sepultamentos.

Em todo o mês de abril de 2020, foram 2.400 sepultamentos, três vezes mais do que o mesmo período no ano anterior. Contudo, até o último dia 22, o estado do Amazonas contava apenas 207 mortes por coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde.

Dois dias após o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, pedir maior ajuda do governo de Jair Bolsonaro para a situação da cidade em relação à pandemia do coronavírus, o ministro da Saúde, Nelson Teich, viajou até a capital amazonense, para analisar de perto o panorama.

Manaus é uma das cidades do Brasil onde a pandemia tem causado maior colapso, tanto no sistema de saúde como no sistema funerário. Faltam leitos nos hospitais e também espaço para sepultar os falecidos – algumas vítimas tem sido enterradas em valas coletivas.

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