Espanha aciona exército para ajudar sistema de saúde a enfrentar segunda onda do coronavírus

Primeiro Ministro Pedro Sanchez anunciou que as Forças Armadas atuarão especialmente nas regiões do interior, para ajudar no tratamento e rastreamento dos casos, e tentar evitar um colapso do sistema de saúde como o ocorrido em março

Pedro Sánchez (foto: YouTube)
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A Espanha já vive a segunda onda da pandemia do novo coronavírus, e nesta terça-feira (25), o primeiro ministro Pedro Sánchez lançou uma nova política de restrição de circulação nas ruas, a qual contará com a presença de efetivos militares nas ruas, para garantir o seu cumprimento por parte dos civis, especialmente em cidades do interior do país.

“O governo espanhol levará às regiões o auxílio das Forças Armadas, para fazer o rastreamento dos casos e ajudar no tratamento dos pacientes”, explicou Sánchez, ao garantir que mais de 2 mil soldados serão colocados nas ruas a partir desta quarta, especialmente em cidades do interior do país.

Sánchez também disse que a segunda onda da pandemia já é uma realidade na Espanha, e que já alcança níveis “preocupantes, mas ainda assim longe de igualar o que vivemos em março, que é o cenário que pretendemos evitar”. Naquele então, a Espanha chegou a ser um dos países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, junto com a Itália, e passou a conviver com hospitais colapsados e números sempre próximos das mil mortes diárias.

Com relação a políticas de isolamento, o governo de Sánchez decidiu delegar a decisão. O presidente disse que apoiará qualquer governo municipal ou regional que decida voltar ao lockdown, se considera necessário para o quadro específico em que se encontra, mas que não tomará essa medida a nível nacional, como ocorreu entre março e abril.

“Não podemos permitir que a pandemia assuma o controle de nossas vidas novamente. Devemos assumir o controle, quebrar essa segunda curva”, afirmou.

Atualmente, a Espanha já superou os 405 mil casos de covid-19, e os óbitos causados pela doença se aproximam dos 29, de acordo com o observatório da Universidade Johns Hopkins.