Estudo afirma que Nova York já teve mais mortes por covid que durante a pandemia da gripe espanhola

Metrópole estadunidense já registrou 33,5 mil óbitos na atual pandemia, que ainda não está controlada, superando as 31,6 mil mortes durante a principal crise de saúde do século passado

Times Square, em Nova York, vazia durante a quarentena do coronavírus (Reprodução/Twitter)
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Um estudo realizado pelo instituto JAMA Network afirma que a cidade de Nova York, uma das mais afetada pelo coronavírus em todo o mundo, já registra mais mortes por covid-19 que o sofrido há um século atrás, durante a pandemia da gripe espanhola.

O estudo norte-americano compara os números atuais apresentados pelo observatório da Universidade Johns Hopkins, que mostram que a principal metrópole do país já contabiliza mais de 33,5 mil falecimentos por covid-19, superando os 31,6 mil óbitos oficiais durante a crise de saúde da gripe espanhola, que golpeou o país em 1918.

No entanto, no quesito a taxa de incidência, que relaciona o número de mortes à população, a gripe espanhola ainda se mostra mais mortal: naquela Nova York de 1918, com 5,5 milhões de residentes, os 31,6 mil óbitos da última pandemia significaram uma taxa de 287 mortes por cada 100 mil habitantes, enquanto que a atual Nova York, com mais de 8 milhões de residentes, os 33,5 mil óbitos equivalem a 202 mortes por cada 100 mil habitantes.

A nível mundial, a pandemia da gripe espanhola matou cerca de 50 milhões de pessoas, entre os anos de 1918 e 1923, sendo cerca de 675 mil nos Estados Unidos. O total de contagiados se estima em mais de 600 milhões.

No caso da pandemia do coronavírus, ao menos por enquanto, há pouco mais de 20 milhões de contagiados, e cerca de 750 mil mortes (167 nos Estados Unidos).