Farmacêutica brasileira pede à Anvisa uso emergencial da vacina Sputnik no Brasil

União Química já comprou 10 milhões de doses da vacina russa e, caso a Anvisa autorize, imunizante poderá ser distribuído no Brasil

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A farmacêutica brasileira União Química e o Fundo Russo para Investimento Direto protocolaram na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na noite desta sexta-feira (15), um pedido para autorização de uso emergencial da vacina russa Sputnik V no Brasil.

Na quarta-feira (14), a farmacêutica já havia anunciado um acordo que prevê a chegada de 10 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 no Brasil até março.

Além das doses importadas, a ideia, inicialmente, era produzir as vacinas na unidade da União Química no Distrito Federal e exportar para países da América Latina que já registraram a Sputnik V, como Argentina e Bolívia. 

Com o pedido de autorização para uso emergencial, no entanto, o objetivo agora é distribuir o imunizante também no Brasil.

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O argumento da farmacêutica e do Fundo Russo, ao pedirem a autorização à Anvisa, é que a Sputnik já está sendo aplicada em outros países com segurança e que foi aprovada e certificada por agências locais. O imunizante já possui registro emergencial em Argentina, Argélia, Bolívia, Palestina, Sérvia e Venezuela.

Até o momento, estão sob análise para uso emergencial da Anvisa a Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e o imunizante produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a britânica AstraZeneca e Universidade de Oxford. A autorização ou desautorização se dará através de votação dos cinco diretores colegiados da agência marcada para domingo (17).