Fiocruz entregará em fevereiro as primeiras doses de vacina 100% nacional

"É uma grande conquista para a sociedade brasileira ter uma vacina 100% nacional para a Covid-19 produzida em Bio-Manguinhos/Fiocruz", disse Nísia Trindade, presidenta da instituição

Foto: Fabio Motta/Prefeitura do RioCréditos: Fabio Motta/Prefeitura do Rio
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A vacina totalmente nacional que está sendo produzida pela Fiocruz, terá seu primeiro lote pronto em fevereiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira (7) o registro do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina Covidshield (Astrazeneca) produzido no Brasil. Com isso, o país poderá ter uma vacina 100% nacional.

Em nota, a Fiocruz afirmou que "a previsão é de que as primeiras doses do imunizante sejam envasadas ainda em janeiro e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina".

"É uma grande conquista para a sociedade brasileira ter uma vacina 100% nacional para a Covid-19 produzida em Bio-Manguinhos/Fiocruz. A pandemia de Covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com essa aprovação hoje pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde [SUS] para essa vacina, que vem salvando vidas e contribuindo para a superação dessa difícil fase histórica do Brasil e do mundo", disse a presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. 

Anvisa aprova IFA nacional

Para aprovar o registro do insumo, a Anvisa analisou estudos de comparabilidade – que demonstraram que o ingrediente fabricado no país teve o mesmo desempenho do importado.

Em abril de 2021 a Anvisa já havia emitido certificado de boas práticas de fabricação do novo insumo, ou seja, a linha de produção da Fiocruz cumpria todos os requisitos necessários para a garantia da qualidade do IFA.

Cabe lembrar que a Fiocruz está autorizada desde 17 de janeiro do ano passado quando recebeu o registro definitivo em março de 2021.

A Fiocruz e a Oxford atuam em parceria na produção da vacina AstraZeneca.