Governadores devem apresentar recurso sobre Sputnik V ao STF e Anvisa, diz Flávio Dino

Após agência negar importação do imunizante, governador do Maranhão diz aguardar novo posicionamento de cientistas para apresentar ao governo

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Após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) negar o pedido de importação da vacina Sputnik V, imunizante contra a Covid-19 produzido na Rússia, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse nesta terça-feira (27) que governadores da Amazônia e Nordeste devem apresentar recurso para viabilizar a compra da vacina.

Nas redes sociais, Dino informou que aguarda um posicionamento de cientistas brasileiros e russos para apresentar novos fundamentos técnicos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Anvisa.

"Sobre decisão da Anvisa quanto à vacina Sputnik, irei aguardar manifestação técnica de cientistas brasileiros e russos. Posteriormente, teremos reunião com governadores da Amazônia e do Nordeste para avaliar fundamentos técnicos, a serem apresentados ao STF e à própria Anvisa", escreveu Dino no Twitter.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1386997086655324163

A Diretoria Colegiada da Anvisa se reuniu por cinco horas nesta segunda-feira (26) para debates e apresentação de relatórios sobre a Sputnik V. Ao todo, 14 estados pedirem autorização para importação emergencial de quase 30 milhões de doses do imunizante.

A agência afirma, entretanto, que não recebeu relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade e não conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada. A gerência de Medicamentos da Anvisa também apontou falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante.

Na mais grave, segundo o G1, o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele foi capaz de se reproduzir e pode causar doenças.

Dino tem um contrato, junto ao laboratório russo que produz a vacina, para a aquisição de 4.582.862 de doses do imunizante - cuja eficácia de 91,6% contra a Covid foi atestada pela respeitada revista científica The Lancet. O imunizante já foi autorizado por agências de controle sanitário ao redor de todo o mundo e vem sendo aplicado em 60 países, inclusive da América Latina.

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