Governadores enviam carta ao presidente da CPI do Genocídio e pedem para não depor

Eles alegam que a convocação afronta a Constituição e recorrem à “prerrogativa de somente serem processados e julgados pelo Superior Tribunal de Justiça”

Omar Aziz - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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Governadores de 19 estados e do Distrito Federal enviaram uma carta ao presidente da CPI do Genocídio, Omar Aziz (PSD-AM), solicitando que o senador reconsidere a convocação para que eles deponham na comissão. O pedido foi articulado pelo Fórum Nacional de Governadores.

“Como chefes de Poder de outra esfera da Federação, os governadores não podem ser convocados para depor perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional, sob pena de grave ofensa à Constituição, que assegura a esses agentes políticos a prerrogativa de somente serem processados e julgados pelo SuperiorTribunal de Justiça”, diz um trecho da carta.

Mesmo com o pedido, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), assegura que as lideranças estaduais, se convidadas, irão depor.

“Vamos comparecer, eu e outros governadores convidados, com o maior prazer, para colaborar com a CPI. Temos compromisso com o Brasil e a verdade, mas queremos que tudo seja feito cumprindo a Constituição e a lei”, afirmou Dias.

“O objetivo não é fugir da responsabilidade. Pelo contrário. Eu mesmo já me prontifiquei para comparecer, esclarecer, contribuir e, de forma transparente, colaborar pelos estados com os objetivos da CPI”, acrescentou o governador, representante do Consórcio Nordeste.

Os convocados

A CPI aprovou, na semana passada, requerimentos convocando para depor os seguintes governadores: Wilson Lima (AM), Helder Barbalho (PA), Coronel Marcos Rocha (RO), Waldez Góes (AP), Mauro Carlesse (TO), Antônio Denarium (RR), Carlos Moisés (SC), Ibaneis Rocha (DF) e Wellington Dias (PI).

Com informações do Estado de Minas e do Poder360

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