O governo do Amazonas, chefiado por Wilson Lima (PSC), cedeu à pressão de empresários para flexibilizar o funcionamento de comércios durante a pandemia. A decisão foi tomada na madrugada deste domingo (27), após reunião com representantes do setor.
Com a flexibilização, empresários se comprometeram a assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC) para oferecer medidas básicas de proteção aos funcionários, parte delas já obrigatórias no estado, como fornecer máscaras e álcool em gel. A informação é do jornal Valor Econômico.
Outras contrapartidas que deverão ser implementadas pelos empresários estão fornecer transporte aos trabalhadores e dar apoio médico para funcionários com Covid-19 durante o vínculo trabalhista.
Em nota, o governador disse estar buscando “equilíbrio” entre “proteção da vida, ampliação da rede de saúde e funcionamento de atividades econômicas para garantir emprego e renda para as pessoas”.
“Depois de uma longa reunião que nós tivemos aqui com os poderes, com deputados e com a maior quantidade possível de representantes das atividades econômicas, chegamos a um entendimento de flexibilização a partir de segunda-feira”, complementou.
Segundo boletim divulgado no sábado (26) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, o estado já registrou mais de 196 mil casos da doença e 5 mil mortes.
O acordo com empresários ocorreu no mesmo dia em que centenas de pessoas se aglomeraram no centro de Manaus para protestar contra o novo decreto do estado que proibia a abertura do comércio não essencial por 15 dias.
O decreto estadual afirmava que shoppings, flutuantes, bares e outros estabelecimentos do comércio não essencial devem permanecer fechados.
Estavam proibidas também reuniões comemorativas, inclusive na noite de Réveillon, em espaços públicos, clubes e condomínios. Já academias, mercados, feiras, cartórios e oficinas mecânicas terão o funcionamento permitido.