O governo do Paraná, sob gestão de Ratinho Júnior (PSD), anunciou nesta terça-feira (11) que vai fechar um acordo com a Rússia para produzir a vacina Sputnik V contra a Covid-19. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável pela pesquisa e distribuição do imunológico.
A decisão foi tomada poucas horas depois do presidente russo, Vladimir Putin, anunciar que o país registrou a primeira vacina contra o coronavírus no mundo.
De acordo com o G1, após a assinatura do acordo com o governo do Paraná, o protocolo russo deve ser compartilhado com a Anvisa, para que a agência então libere a realização dos procedimentos necessários para os testes.
De acordo com o presidente do Tecpar, Jorge Callado, a distribuição não deve ocorrer antes do segundo semestre de 2021 mesmo se tudo ocorrer dentro dos protocolos previstos.
Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) já afirmou que o estado não vai produzir a vacina russa. O Instituto Butantan já tem uma parceria com o laboratório chinês Sinovac para a produção da CoronaVac e, segundo Doria, não há motivo para trabalhar com uma segunda alternativa.
"A russa não. Não sou capaz de avaliar se é boa ou não é, se tem o aval da Organização Mundial de Saúde. Não quero fazer pré-avaliação. Pelo Butantan, não. Houve uma procura, mas foi respondido que já temos uma associação com o laboratório chinês Sinovac para a produção da CoronaVac. Não faria sentido algum ter uma segunda alternativa no mesmo Butantan, cujo objetivo é o mesmo", disse Doria à Rádio Bandeirantes.
A OMS tem demonstrado cautela com a vacina russa. Na semana passada, a organização pediu respeito às diretrizes estabelecidas para que uma vacina fosse criada com segurança.
Ainda, de acordo com o último registro da entidade, do dia 31 de julho, os russos ainda estão na fase 1 dos testes, sendo que seria preciso completar a fase 3 para fazer o registro.