Durante a sessão da CPI do Genocídio, nesta quarta-feira (6), o senador Humberto Costa (PT-PE) rebateu a versão apresentada pelo diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello Filho. O representante da agência afirmou que o órgão só tomou conhecimento das denúncias contra a Prevent Senior por meio da comissão.
Costa destacou que as irregularidades da operadora eram de conhecimento público, por notícias na imprensa, e que denúncias já eram feitas, inclusive por clientes, desde 2020.
“Mas só o senhor e a diretoria da ANS não estavam sabendo do assunto Prevent Senior no Brasil? O ministro Mandetta falou em abril do ano passado. A imprensa divulgou direto. Em abril, a GloboNews vez uma matéria sobre a Prevent Senior, a deputada Jandira Feghalli (PCdoB), do Rio de Janeiro, apresentou uma denúncia à ANS para que a ANS investigasse isso que ela denunciou desde março e a ANS não tomou uma atitude”, denunciou.
Esvaziamento
Costa destacou, também, que o governo de Jair Bolsonaro pretende “esvaziar a ANS”, que até hoje possui cargos de direção com nomes não efetivos. “O desejo desse governo, como tudo, é fazer com que as coisas não funcionem”.
Ele apontou a necessidade de que “cada plano desse” tenha “uma reserva”, com o objetivo de utilizar em casos de desequilíbrio financeiro e para pagar indenizações de pessoas que foram prejudicadas pelos próprios planos de saúde.
O parlamentar rebateu o que classificou como “conversa mole” de quem quer comparar a CPI com a Lava Jato, alegando que a comissão pretende “acabar com a Prevent Senior”. “Ninguém quer acabar com a Prevent Senior, e nem é fácil acabar”.