O boletim semanal Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que 13 das 27 capitais (incluindo Brasília) do país estão com tendência de alta nas ocorrências de Covid-19.
Entre elas, as que têm maior probabilidade de avanço da doença, maior do que 95%, são Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Maceió (AL), Palmas (TO) e Salvador (BA).
Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Região de Saúde Central do DF (plano piloto de Brasília e arredores), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e São Paulo (SP) apareceram no relatório com sinal moderado (probabilidade maior do que 75%) de crescimento na tendência de longo prazo. A capital do Piauí, Teresina, apresentou o mesmo sinal moderado, mas apenas na tendência de curto prazo.
Vitória (ES) retornou à situação de estabilidade. Na mesma situação aparecem Boa Vista (RR), Belém (PA), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), mas no caso desses municípios o relatório destaca necessidade de atenção, pois esse estado ocorre após aumento de casos recente, sem ter havido redução.
A situação de Florianópolis, que apresentou sinal moderado de queda na última semana, é relatada como ainda de atenção, pois o patamar de casos semanais é similar ao registrado durante o pico de julho.
Casos e mortes
O Infogripe registra que, entre os pacientes com exame positivo para infecção viral, a esmagadora maioria, 97,7%, dos quadros de SRAG foram associados ao novo coronavírus (97,7%).
Houve ainda confirmações de infecções pelo vírus influenza A (0,4%), ao vírus sincicial respiratório (0,4%) e ao vírus influenza B (0,2%).
Mas, quando analisados os casos dos pacientes que morreram, 99,3% estão vinculados ao novo coronavírus.
Neste ano já são 141.351 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Em 2019, foram 3.811.
O que é o relatório
O Infogripe leva em conta as notificações de SRAG registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição se baseia nos dados inseridos até segunda-feira (30).
A SRAG é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.