Israel afirma que terá uma vacina contra o coronavírus pronta já em junho, diz jornal

Matéria do The Jerusalem Post afirma que produto já mostrou eficiência em cobaias, será testado em humanos em 1º de junho, e se tiver sucesso, está disponível para comercialização em meados do mesmo mês. No entanto, OMS pede cautela

Equipe de cientistas do Instituto Migal, de Israel, trabalham em vacina contra o coronavírus (foto: The Jerusalem Post)
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Uma matéria do jornal israelense The Jerusalem Post afirma que uma equipe de cientistas do Instituto Migal possui uma vacina contra o coronavírus já em estado avançado, e que poderia estar apta para a comercialização em meados de junho. Segundo o texto, a pesquisa está sendo desenvolvida com 100% de investimento estatal.

O líder da equipe que desenvolve a vacina é o professor Chen Katz. Ele conta que o produto seria um spray, que seria aplicado de forma oral e serviria tanto para ativar a resposta imune da mucosa bucal quanto para fortalecer o sistema imunológico, com anticorpos e glóbulos brancos específicos.

Segundo o cientista, o produto não mata o vírus, mas “é capaz de evitar que ele produza uma infecção grave, poderia gerar um caso assintomático ou, no máximo, um resfriado leve”. Além disso, não geraria danos colaterais de nenhum tipo, também segundo o líder da equipe de pesquisas.

A respeito da velocidade com a que se está chegando a esse produto, Katz conta que “estamos trabalhando há quatro anos com vacinas para várias patologias, e modificamos um produto que já estava sendo desenvolvido para casos de bronquite infecciosa, e o direcionamos para o SARS-COV-2 (nome da mutação do coronavírus que provoca a infecção covid-19)”.

Katz também afirma ao jornal israelense que as provas com cobaias foram bem sucedidas, e que as provas em humanos estão sendo preparadas para acontecer no dia 1º de junho.

O diário também afirma que o Instituto Migal já está trabalhando para avançar previamente com os trâmites burocráticos, para que, uma vez comprovada a eficácia em humanos, o medicamento já seja disponibilizado para uso clínico. Segundo Chen Katz, “ao ser um projeto desenvolvido com recursos públicos, esperamos que possa ser comercializado com um baixo custo, para democratizar as condições de acesso a ele”.

No entanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde), ao saber da descoberta, pediu para manter a cautela e não alimentar falsas esperanças. O organismo afirma que existem mais de 20 projetos científicos em desenvolvimento e que qualquer produto, para ser difundido globalmente, deverá passar primeiro por provas rigorosas para comprovar que seu uso está apto para todos os tipos de paciente.