Laboratório dos EUA suspende fase de testes de vacina contra o coronavírus

Farmacêutica Inovio, responsável pelo segundo projeto estadunidense mais adiantado, teve que interromper sua segunda fase de testes, por determinação das autoridades sanitárias do país

Frascos de vacinas contra o novo coronavírus em teste (Foto: Reprodução)
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O FDA (sigla em inglês do Departamento de Regulação de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) anunciou nesta segunda-feira (28) a suspensão temporária do projeto de uma vacina contra o coronavírus desenvolvido pela farmacêutica Inovio.

Trata-se do segundo projeto estadunidense mais adiantado até o momento. Segundo a imprensa local, o estudo foi interrompido em meio à segunda fase de testes clínicos.

A FDA justificou a decisão dizendo que impôs “orientações finais atualizadas (ao projeto), que se destinam a melhorar a precisão, confiabilidade e uso seguro dos sistemas de teste de monitoramento de glicose no sangue”.

https://twitter.com/FDADeviceInfo/status/1310589849423011841

Meios de comunicação estadunidenses especulam que este anúncio poderia estar ligado a algum efeito adverso identificado em alguns dos voluntários testados. No entanto, a evidência para tal hipótese seria simplesmente o fato da interrupção acontecer durante a fase de testes. É diferente do caso da vacina de Oxford, cujos testes foram interrompidos por dois casos de efeitos neurológicos adversos confirmados pelos envolvidos no projeto.

Ainda assim, e como já foi dito acima, a vacina da Inovio era, até então, a segunda esperança estadunidense no combate ao coronavírus. O principal projeto do país na chamada “corrida das vacinas” está sendo realizado pela farmacêutica Moderna, e já está em sua última fase de exames clínicos.

Em sua campanha pela reeleição, o presidente estadunidense Donald Trump chegou a prometer que “haverá uma vacina estadunidense disponível em dezembro”, e se considera que ele joga suas fichas na Moderna para fazer esse anúncio. Porém, a empresa não deu nenhum prazo específico para que seu produto esteja disponível ao público.

Em um comunicado apresentado em julho, a assessoria de comunicação da Moderna afirmou que a estimativa dos seus cientistas seria para “janeiro de 2021, na melhor das hipóteses”.