Leite materno mata a maioria das cepas conhecidas do novo coronavírus, diz estudo

Cientistas chineses afirmam que o leite materno “bloqueia a entrada do vírus às células e também a sua reprodução nas células já infectadas, impedindo que ele se propague pelo organismo”

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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A amamentação poderia ser o novo aliado na luta contra a pandemia do novo coronavírus. Isso é o que determinou um estudo da Universidade de Tecnologia de Pequim, cujos resultados foram publicados nesta segunda-feira (28), pelo diário South China Morning Post, e mostram que o leite materno é capaz de matar a maioria das cepas conhecidas do vírus SARS-CoV-2.

A matéria traz uma entrevista com o chefe da investigação, professor Tong Yigang, que afirma que o estudo identificou que o leite materno é capaz de “bloquear a entrada do vírus às células, impede a sua reprodução nas células já infectadas e, consequentemente, sua propagação pelo organismo”.

O estudo corrobora uma das recomendações mais comuns da OMS (Organização Mundial da Saúde) no que diz respeito a casos de mulheres grávidas e de bebês contaminados com covid-19, de que mesmo nesses casos, deve-se evitar interromper a amamentação, a não ser que seja impossível devido ao estado da infecção.

Tanto é assim que o próprio professor Yigang lembrou que a cidade chinesa de Wuhan, onde se acredita que a pandemia foi iniciada, ao não ter maiores informações sobre como lidar com a doença tomou a decisão de separar as mães com teste positivo dos recém-nascidos, durantes os meses de dezembro de 2019 e janeiro e fevereiro de 2020. “Naquele momento, não sabíamos quase nada (sobre o novo coronavírus), então parecia a coisa certa. Hoje vemos que foi um erro”, comentou o cientista.