Malafaia segue Bolsonaro, desafia coronavírus e diz que não vai fechar templos

"A igreja tem que ser o último reduto de esperança para o povo", disse o líder religioso, indo contra as recomendações da OMS sobre o coronavírus

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Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro na igreja evangélica, o pastor Silas Malafaia disse, no domingo (15), que governador algum vai fazer com que ele feche seus templos e suspenda seus cultos por conta da pandemia de coronavírus. O líder religioso é fundador da Assembleia de Deus, uma das maiores organizações evangélicas do país.

"A igreja tem que ser o último reduto de esperança para o povo", disse durante culto que foi divulgado nas redes sociais.

Segundo Malafaia, a única possibilidade de mudar a dinâmica dos cultos seria se os governos tomassem medidas ainda mais drásticas, como determinar suspensão do transporte público ou o fechamento até mesmo de supermercados. Ainda assim, disse que não fecharia os templos e ficaria lá caso algum fiel precisasse de algum tipo de ajuda ou orientação.

A declaração de Malafaia vai contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz para evitar aglomerações e eventos públicos.

O discurso ainda vai na mesma linha do presidente Jair Bolsonaro, que será denunciado na OMS pela negligência com relação ao surto da doença no país, que já acumula mais de 230 casos confirmados.