Mãe de jovem de 26 anos que morreu com suspeita de coronavírus critica demora no diagnóstico

"Se tivesse antes a confirmação da infecção pelo coronavírus, talvez ele pudesse ser salvo", lamentou

Foto: Alex Pazuello/Semcom/Fotos Públicas
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A morte de um jovem de 26 anos ocorrida no último sábado no Rio de Janeiro segue sem um diagnóstico final. O rapaz, que era músico, apresentou sintomas para o novo coronavírus mas não chegou a ser testado em hospital particular onde foi internado.

Com falta de apetite, febre e mal estar desde o domingo anterior (15), o músico tomou analgésicos, mas não melhorou. Depois de quatro dias, procurou o Hospital Badim, na Zona Norte da cidade. Lá ele foi medicado e liberado, sem realizar teste para o novo coronavírus.

No sábado, o quadro se agravou. Ele chegou no hospital já com 50% do pulmão comprometido após sentir falta de ar e apresentar muita tosse. O rapaz foi entubado, mas a situação piorou rápido e ele não resistiu.

Em entrevista à jornalista Paolla Serra, da Revista Época, a mãe, uma engenheira de 54 anos, criticou a demora no diagnóstico. "Liguei para todos os laboratórios do Rio de Janeiro por uma semana e não consegui marcar o teste em lugar nenhum. Acabei de cremar o corpo do meu caçula, um jovem saudável. A falta de diagnóstico levou meu filho. Se tivesse antes a confirmação da infecção pelo coronavírus, talvez ele pudesse ser salvo", criticou.

"Meu filho não estava no chamado grupo de risco. Não fumava. Na primeira vez que deu entrada no hospital, foi vista uma mancha pequena no pulmão. Na segunda, ele já estava com 50% da capacidade respiratória comprometida”, acrescentou.

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