"Me arrependo um pouco de ter subestimado a Covid-19", diz Roberto Justus

No início da pandemia, empresário teve áudio vazado em que afirmava que a Covid-19 não passa de uma "gripezinha" e que só mataria "velhinhos"

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Em entrevista ao programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, na manhã desta segunda-feira (20), o empresário Roberto Justus se disse arrependido por ter minimizado a pandemia do coronavírus.

Em março, logo no início da crise sanitária no Brasil, Justus teve um áudio vazado em que afirmava, assim como o presidente Jair Bolsonaro, que a Covid-19 não passava de uma "gripezinha" e que "só mataria velhinhos".

"Voltaria atrás e diria: teve mais mortes do que eu imaginava. Me arrependo um pouco de ter subestimado a Covid-19, ela é um pouco pior do que eu imaginava", afirmou o empresário desta vez. Logo na sequência, entretanto, ele voltou a minimizar a gravidade do problema.

"Mas não tão ruim quanto assistir aos jornais das televisões e ver esse vírus do medo se espalhando de uma forma tão terrível", disparou.

De acordo com o empresário, houve uma "reação exagerada por parte da imprensa em geral e dos governos que querem ser politicamente corretos". Ele segue defendendo a reabertura econômica - algo que, na Espanha, por exemplo, fez o número dos casos de Covid-19 triplicar nos últimos dias.

Gripezinha

Em março, Roberto Justus teve um áudio vazado em que afirmava que o coronavírus não passa de uma “gripezinha leve” que só “mata velhinhos”.

No áudio, ele ainda garante que o coronavírus não vai matar ninguém na periferia e demonstrou descontentamento com as medidas restritivas e de isolamento anunciadas pelos governos estaduais. Justus está preocupado com os “prejuízos econômicos”.“Então, na favela não vai acontecer porra nenhuma se entrar o vírus, muito pelo contrário. Essa molecada que está na favela. Criança então, de zero a dez anos nenhum caso. E as crianças nem pegam a doença”, afirmou.

Justus diz ainda que seria bom que todos fossem infectados com o vírus, porque “pegaríamos anticorpos e ele [covid-19] acabaria de uma vez”, defendendo uma polêmica tese que foi adotada inicialmente pelo governo britânico, mas logo descartada após a divulgação de alguns estudos.