Ministério da Saúde considera "inadmissível” Manaus não usar cloroquina e ivermectina

Ofício é assinado pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, a mesma que mandou médicos cubanos do Mais Médicos “de volta para as senzalas”

Covas coletivas em Manaus, Amazonas - Foto: Reprodução
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O Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro (Sem Partido) pressiona a prefeitura de Manaus, que tem batido recordes de internações e mortes por coronavírus, a usar cloroquina e ivermectina entre outros medicamentos sem eficácia comprovada.

A alternativa de não utilizar estes medicamentos, de acordo com informações do Painel, da Folha, foi tratada como "inadmissível" em documento enviado para a secretaria municipal de Saúde de Manaus.

"Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação", diz o texto.

A pasta ainda pediu autorização para fazer uma ronda nas Unidades Básicas de Saúde para encorajar o uso das medicações.

A capital do Amazonas e o estado têm batido recordes de internações e mortes e têm sofrido com a falta de leitos e de equipamentos.

O ofício é assinado por Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde. A médica tornou-se conhecida em 2013 por ter hostilizado cubanos que participavam de curso do Mais Médicos.

Uma foto publicada pela Folha de S.Paulo, mostra ela gritando e mandando eles de volta para a “senzala”. 

Leia reportagem completa no Painel, da Folha