Ministério vai republicar nota em que defendia hidroxicloroquina e atacava vacina

Conforme a pasta, a republicação será feita para “promover maior clareza no conteúdo e evitar interpretações equivocadas, como a de que a decisão critica o uso das vacinas Covid-19”

Caixa de sulfato de hidroxicloroquina (Foto: Reprodução/Twitter)
Escrito en CORONAVÍRUS el

Depois da imensa polêmica provocada pelo Ministério da Saúde, com a divulgação de uma nota técnica defendendo o uso da hidroxicloroquina e atacando a vacina contra a Covid-19, a pasta decidiu, nesta terça-feira (25), adotar uma nova diretriz.

O ministério anunciou que vai republicar a nota técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE).

De acordo com a pasta, o documento tem como objetivo fundamentar a decisão sobre as regras terapêuticas para o tratamento contra a Covid-19.

A republicação da nota negacionista será feita para “promover maior clareza no conteúdo e evitar interpretações equivocadas, como a de que a decisão critica o uso das vacinas Covid-19”, segundo o ministério.

A nota deve ser republicada no Diário Oficial da União (DOU). Porém, não vai mudar a deliberação que já foi divulgada, que barrou as recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec).

A comissão contraindicou a utilização dos medicamentos que compõem o “Kit Covid”, todos sem eficácia contra a doença, como a hidroxicloroquina. A secretaria anexou, na nota, uma tabela com as propostas para o combate à Covid-19.

O que diz a tabela

A tabela insiste na mentira que a hidroxicloroquina tem efetividade em estudos controlados e randomizados. Além disso, diz que existe a demonstração de segurança em estudos experimentais e observacionais.

Em contrapartida, a tabela “informa” que as vacinas não atendem a esses requisitos.

Na questão sobre se há demonstração de efetividade e estudos de controlados e randomizados, para a cloroquina, a resposta era “sim”; para a vacina, “não”.

Tabela da nota técnica do Ministério da Saúde (Foto: Reprodução)

Com informações da CNN Brasil