Nova York tem 134 mortes em um dia e pode se tornar nova Wuhan

Cidade mais populosa dos Estados Unidos é o epicentro da pandemia do coronavírus em seu país, mas tem o agravante de ter quase o dobro da população da cidade que concentrou os casos na China

Nova York, cidade mais atingida pelo coronavírus nos EUA (Foto: NBC News)
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A pandemia do coronavírus se instalou na maior metrópole dos Estados Unidos e uma das maiores do mundo, e essa situação pode gerar uma tragédia muito maior que a ocorrida em Wuhan, epicentro da doença na China.

Nas últimas 24 horas, a cidade registrou 134 novas mortes, passando de 385 a 519 casos fatais no total. Nova York já era o epicentro da doença no mundo, mas se continuar nesse ritmo, e sem medidas restritivas mais severas, poderá superar também a cidade chinesa.

Atualmente, Wuhan se encontra em um nível de controle parcial da pandemia. Os novos casos tem sido poucos, há dias estão próximos da cifra de 67,8 mil casos totais e 3,1 mil mortes. Contudo, alguns cientistas chineses advertem sobre a possibilidade de uma segunda onda da doença, razão pela qual o governo do país vem impulsando com muita cautela as medidas para se retornar à normalidade.

Já em Nova York, o problema é que a cidade pode ter tomado tardiamente a decisão de iniciar a quarentena. O prefeito Bill de Blasio decretou a medida na segunda-feira (23), mas agora, quatro dias depois, a cidade já superou os 25 mil casos confirmados, além das já mencionadas 519 mortes. Ademais, se estima que mesmo em quarentena, ainda há pessoas que já foram contaminadas, mas cujos casos só serão conhecidos nos próximos dias.

Se o vírus continuar se espalhando nesse ritmo, a megalópole poderá se tornar, em poucos dias, o novo epicentro mundial do covid-19, com o agravante de que sua região metropolitana possui um contingente populacional de cerca de 21 milhões de pessoas, quase o dobro de Wuhan (11 milhões).