Kássio Nunes Marques, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nomeado por Jair Bolsonaro, concedeu, nesta terça-feira (15), a Wilson Witzel o direito de não comparecer à CPI do Genocídio. Mesmo assim, o ex-governador do Rio de Janeiro disse que vai depor nesta quarta (16).
Com a decisão de Nunes Marques, Witzel poderia escolher ficar calado, sem precisar assumir o compromisso de dizer a verdade. Além disso, poderá levar um advogado para acompanhá-lo.
A assessoria de imprensa do vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), divulgou, na noite de terça, que Witzel confirmou sua participação.
“Em face do exposto, defiro o pedido de habeas corpus para dispensar o paciente, caso queira, de comparecer perante à CPI da Pandemia e, em caso de opção pelo comparecimento, garantir-lhe: o direito ao silêncio, a não assumir o compromisso de falar a verdade (em razão da condição de investigado e não de testemunha) e à assistência de advogado”, disse o documento.
“Nada a esconder”
Em entrevista à CNN, em maio, Witzel afirmou que iria à CPI e responderia a todas as questões “Não tenho nada para esconder”, disse ele.
O ex-governador destacou, também, que a decisão de prestar esclarecimentos pode ajudar a atender aos anseios de famílias que perderam parentes para a Covid-19. “Não vejo razão para deixar de ir ou esclarecer qualquer fato. É um momento muito difícil da nação brasileira e o mínimo que o povo espera são repostas para mais de 400 mil famílias que perderam seus entes queridos.”
Com informações da CNN Brasil