Oito presos morrem em prisão no Equador onde 70% dos detentos testou positivo para a Covid-19

Além dos falecidos, 11 prisioneiros foram levados a hospitais, dos quais três já tiveram alta médica. Também há 22 funcionários infectados, entre os pouco mais de 50

Entrada do Centro de Reabilitação Social de Ambato, no Equador (foto: Twitter)
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O Centro de Reabilitação Social de Ambato, no Equador, na região central do Equador, registrou, nas duas últimas semanas, oito falecimentos de prisioneiros por covid-19.

Após as mortes, o Ministério de Saúde Pública do Equador decidiu realizar testes em todos os detentos e trabalhadores do local, e detectou que 70% dos 420 presos estão contagiados com o vírus. Também há 22 entre os cerca de 50 funcionários que também foram infectados pelo vírus.

As autoridades também informaram que 11 presos foram levados a hospitais da cidade, após apresentarem alguns sintomas, e três deles já tiveram alta médica. Os demais detentos com covid-19 positivo são considerados assintomáticos.

Entre os funcionários contagiados, todos os positivos foram obrigados a fazer quarentena, mesmo os assintomáticos. Não há reporte de algum deles hospitalizado ou em estado grave, segundo reporte do jornal local El Comércio.

Em entrevista ao mesmo diário, o diretor do Centro de Reabilitação Social de Ambato, Carlos Manzano, afirmou que foram realizados trabalhos de desinfecção química em todas as celas, durante esta semana. “Também vamos adotar um novo protocolo para visitas, para evitar que este tipo de situação volte a ocorrer”, afirmou.

Nesta quinta-feira (21), o Equador chegou ao número de 35,3 mil casos de coronavírus registrados, com 4,8 mil mortes – apesar de que o próprio Ministério de Saúde Pública faz uma contabilização paralela de “mortos prováveis”, ou seja, pessoas que faleceram por problema respiratório sem teste prévio, a qual já registra 2,9 mil casos.