Olavista, assessor de Bolsonaro diz que há "fetichização da ciência" no combate ao coronavírus

Filipe G. Martins criticou a OMS por suspender os testes com o medicamento após estudo indicar que a droga pode causar mais mortes

Filipe Martins e Olavo de Carvalho (Reprodução)
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O assessor do presidente Jair Bolsonaro para assuntos internacionais, Filipe. G. Martins, foi às redes sociais na manhã desta sexta-feira (29) para criticar a Organização Mundial da Saúde (OMS) por ter cancelado seus testes com a cloroquina.

De acordo com Martins, estudos que confrontam o uso do medicamento para tratar pacientes com coronavírus têm a ciência como um "fetiche". Ele diz ainda que a OMS respalda tais conclusões de forma "acrítica".

"Esse é só mais um estudo duvidoso a ser respaldado acriticamente pela OMS e por uma série de instituições e pessoas que dizem prezar pela ciência mas que demonstram, reiteradamente, sua incapacidade de analisar criticamente o que lhes é apresentado sob a alcunha de 'ciência'", escreveu o assessor de Bolsonaro, aluno do astrólogo Olavo de Carvalho.

"No fundo, a atitude de quem age assim não passa de fetichização da ciência, de um apego estético a símbolos que remetem à ciência, combinado com a ignorância do que seja a verdadeira ciência e com o apelo à autoridade, de modo a se eximir da responsabilidade por suas decisões", continuou.

A pesquisa citada pela OMS como um dos motivos pela interrupção dos testes com a cloroquina foi publicada na revista científica The Lancet. O estudo testou o medicamento em 96 mil pacientes e concluiu que o uso da droga pode estar relacionado ao aumento no risco de morte por problemas cardíacos, como arritmia.

Confira:

https://twitter.com/filgmartin/status/1266370984891650048