Olavistas querem médica defensora do isolamento vertical no lugar de Mandetta, diz Antagonista

De acordo com um portal conservador, Nise Yamaguchi esteve em reunião com Bolsonaro na última sexta-feira (3). A médica defende o uso precoce da cloroquina em todo o Brasil

Foto: Unesp
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O portal Antagonista publicou uma notícia nesta segunda-feira (5) afirmando que olavistas do governo de Jair Bolsonaro têm defendido a nomeação da médica Nise Yamaguchi, defensora do isolamento vertical, no lugar do atual ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Mandetta tem se queimado com o presidente Jair Bolsonaro por defender que as pessoas fiquem em casa como principal medida contra o coronavírus. O ex-capitão, no entanto, está contrariando as recomendações das principais autoridades de saúde do país e do mundo e defende que apenas pessoas do grupo de risco da doença fiquem em casa.

O portal conservador Brasil Sem Medo citou em uma reportagem publicada neste domingo (5) que Nise esteve em reunião com Bolsonaro na última sexta (3). O texto diz ainda que a médica imunologista e cancerologista "está empenhada" em popularizar o uso da cloroquina como principal medicamento contra o Covid-19.

“É importante construir UTIs, aumentar os leitos hospitalares, promover o isolamento vertical e adotar medidas de prevenção ? mas não podemos nos limitar a isso. O tratamento precoce com hidroxicloroquina pode ser feito em larga escala, como fizemos com o Tamiflu durante a epidemia de H1N1", diz a médica, de acordo com a reportagem do portal conservador.

"Quando se aplica o método precoce com a hidroxicloroquina, as pessoas percebem que é como um ovo de Colombo. Como não havíamos pensado nisso antes? Por que tantos tiveram de morrer? Agora precisamos desenhar padrões que possam ser replicados e beneficiar o maior número de pessoas. Ao final, podemos mudar o curso da epidemia. Esse é o meu sonho para o Brasil", continuou.

Assim como a médica, Bolsonaro também tem apostado todas as fichas na cura da doença pela hidroxicloroquina. No entanto, o medicamento ainda está sendo testado, mas sem comprovação científica, segundo Luiz Vicente Rizzo, diretor de Pesquisa do Hospital Albert Einstein, que coordena estudos com 70 hospitais e 1.360 pacientes submetidos ao tratamento.

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