Ômicron: Metade da população da Europa vai se infectar em dois meses, diz OMS

O alerta foi feito por Hans Kluge, chefe da OMS Europa, que aponta a necessidade de se traçar metas para ajudar o mundo a encarar desafios impostos pela nova variante da Covid-19

Foto: The Telengana Today/Reprodução
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta preocupante, durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (11):  metade da população da Europa vai se contaminar com a nova variante da Covid-19, a Ômicron, nos próximos dois meses.

A informação foi divulgada por Hans Kluge, chefe da OMS Europa, que apontou a importância de se traçar metas e ajudar países e populações a enfrentarem os novos desafios apresentados pela Ômicron.

“Seguindo o ritmo atual, o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde [IHME, na sigla em inglês] prevê que mais de 50% da população da região [europeia] vai ser infectada com Ômicron nas próximas seis a oito semanas”, afirmou Kluge.

Além disso, os dados coletados nas últimas semanas confirmaram que a Ômicron é altamente transmissível, por conta de uma mutação que facilita sua entrada em células humanas. Esse fator é que faz com que se torne capaz de infectar pessoas que já tiveram a doença e, também, os vacinados.

“Permitam-me reiterar que as vacinas atualmente aprovadas continuam a fornecer boa proteção contra doenças graves e morte, inclusive para a Ômicron. [...] Tomando o exemplo da Dinamarca, onde os casos desta variante explodiram nas últimas semanas: a taxa de hospitalização para pacientes não vacinados foi seis vezes maior do que para aqueles que foram totalmente vacinados até a semana do Natal”, ressaltou o chefe da OMS Europa.

Preocupação também é com avanço da variante em países com baixo índice de imunização

Kluge ainda demonstrou preocupação com a chegada da nova variante com maior força nos países do Oriente, principalmente os que imunizaram uma porcentagem baixa da população.

“Hoje, a variante Ômicron representa uma nova onda indo de oeste para leste, varrendo a região, além do aumento da variante Delta, que todos os países estavam gerenciando até o final de 2021”, destacou o dirigente.

Com informações da Reuters