Ômicron: OMS alerta para risco "muito alto" enquanto Queiroga minimiza

Para o ministro Marcelo Queiroga, variante Ômicron não deve causar desespero; OMS prevê risco de "consequências graves"

Tedros Adhanom, secretário-geral da OMS, e o ministro Marcelo Queiroga | Foto: Ministério da Saúde
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (29) que a variante Ômicron tem um risco elevado de se disseminar pelo mundo e trazer "consequências graves", apesar de nenhuma morte provocada pela variante ter sido registrada até o momento. O ministro Marcelo Queiroga, titular da Saúde no governo Jair Bolsonaro, mais uma vez, foi na contramão da organização ao minimizar a variante.

“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a Ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirma a OMS.

Segundo a OMS, a variante Ômicron do SARS-CoV-2, detectada inicialmente na África do Sul, está se alastrando em nível global, apresentando risco "muito elevado", em que os surtos de covid-19 podem ter "consequências graves" em algumas regiões, apesar de não haver mortes registradas por conta da variante até o momento.

Desde que foi identificada a nova variante do coronavírus tem deixado em alerta infectologistas e governos ao redor do mundo, entre os motivos está o fato de que ela possui mais de 50 mutações e que, justamente por isso, pode colocar em risco a eficácia das vacinas existentes.

“Infecções de covid-19 são esperadas em pessoas vacinadas, embora numa proporção pequena e previsível” aponta a OMS.

Queiroga minimiza variante Ômicron

No Brasil, o governo de Jair Bolsonaro é resistente à necessidade de tomar medidas mais duras contra a variante. Apesar de ter determinado o fechamento de fronteiras para 6 países, o governo não pretende atender às recomendações da Anvisa sobre o passaporte da vacina e a quarentena para não-vacinados.

O ministro Marcelo Queiroga tratou de minimizar a variante nesta segunda-feira (29), logo após o alerta da OMS. "Há três dias foi anunciada uma nova variante, a variante Ômicron. Eu falei, é uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero. Não é uma variante de desespero porque nós temos autoridades sanitárias comprometidas com a assistência de qualidade a nossa população", declarou.

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