A Organização Mundial da Saúde (OMS) negou, nesta terça-feira (31), declarações do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) de que tenha apoiado a ideia de que políticas de isolamento não devam ser aplicadas.
A OMS decidiu esclarecer seu posicionamento em duas mensagens:
"Pessoas sem fonte de renda regular ou sem qualquer reserva financeira merecem políticas sociais que garantam a dignidade e permitam que elas cumpram as medidas de saúde pública para a Covid-19 recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS", disse o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Eu cresci pobre e entendo essa realidade. Convoco os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica às pessoas que não possam receber ou trabalhar devido à pandemia da covid-19. Solidariedade", completou o diretor-geral.
Na segunda-feira, Tedros usou sua coletiva de imprensa em Genebra para convocar os países a também lidar com os mais pobres. Ele se referia à necessidade de que instrumentos sejam criados para garantir o sustento dessas pessoas, por medidas sociais e transferência de recursos.
Bolsonaro, no entanto, repetiu o filho, Eduardo Bolsonaro, na manhã desta terça-feira, na porta do Palácio da Alvorada e fez uma interpretação distorcida do pronunciamento de, Tedros.
Bolsonaro disse que o “presidente” da OMS teria afirmado que “a fome mata mais do que o vírus”, ao responder a jornalistas sobre a declaração do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, teria reprovado o passeio do presidente pelo Distrito Federal no último domingo (29).
Com informações da coluna de Jamil Chade, no UOL