ONG concede renda mínima para travestis que atuam na prostituição em Belo Horizonte

"No atual momento do coronavírus, é indicado o distanciamento social. Essa medida, apesar de ser extremamente importante, traz inúmeros impactos para nós, travestis e transexuais”, afirma dirigente da ONG

Foto: Reprodução Instagram
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Travestis e demais transgêneros que exercem trabalho sexual em Belo Horizonte (MG) vão contar com um auxílio financeiro e atendimento psicológico gratuito. Os benefícios serão concedidos pela ONG Transvest. A novidade foi anunciada pela dirigente da ONG e ativista mineira Duda Salabert, na noite dessa quinta-feira (19).

A ajuda financeira, no valor de R$ 100 mensais, será disponibilizada a 90 travestis e transexuais da capital mineira. Às idosas, o valor repassado será de R$ 200. Por enquanto, a renda mínima está garantida para os meses de março e abril. O auxílio psicológico, por sua vez, será prestado de forma virtual, mediante agendamento via WhatsApp.

"No atual momento do coronavírus, é indicado o distanciamento social. Essa medida, apesar de ser extremamente importante, traz inúmeros impactos para nós, travestis e transexuais. É importante lembrar que, no Brasil, 90% dessas pessoas está na prostituição, pois há uma transfobia odiosa que nos expulsa do mercado de trabalho. Nesse sentido, o distanciamento social pode significar o fim da única renda das pessoas trans no país. Nós, da ONG Transvest, queremos minimizar esse cenário em Belo Horizonte", afirmou Duda pelo Instagram. 

Com informações do Estado de Minas