Em meio a mais de 331 mil mortes por Covid-19 no país - 37.687 delas no estado do Rio de Janeiro -, organizadores de festas estão promovendo baladas clandestinas em áreas controladas por milícias para se protegerem da fiscalização.
"Também tivemos um fenômeno de migração de festas para outros municípios e para áreas de influência do crime organizado, na tentativa de dificultar a fiscalização", afirmou Breno Carnevalle, secretário de Ordem Pública, aos repórteres Felipe Grinberg, João Pedro Fragoso e Ana Letícia Leão, que assinam reportagem na edição desta segunda-feira (5) do jornal O Globo após acessarem grupos de whatsapp em que as festas são divulgadas.
Segundo os jornalistas, nos grupos os jovens debocham das medidas restritivas e ignoram o perigo de serem agentes de contaminação do coronavírus. Só neste fim de semana, foram três festas flagradas pela prefeitura, uma delas em um barco.
"Comecei a ir como válvula de escape do estresse do dia a dia. Acho que a maioria vai por isso. Há muita gente que trabalha com Covid-19, e mesmo assim, vai às festas", disse um dos jovens que frequenta as baladas, sem se identificar.