Pazuello minimiza 100 mil mortes: "Não é um número que fará a diferença"

O ministro interino da Saúde ainda pediu que não haja "diferenças partidárias" em meio à tragédia, contrariando a postura do presidente Jair Bolsonaro, que ataca governadores

General Eduardo Pazuello - Foto: Anderson Riedel/PR
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O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, minimizou nesta segunda-feira (10) a marca de 100 mil vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus.

"Não é um número que vai fazer a diferença. Não é 95, 98 ou 101 que vai fazer a diferença. O que faz a diferença é cada brasileiro que se perde. Nós precisamos compreender como parar o sangramento com diagnóstico precoce, tratamento imediato e suporte respiratório antes a UTI", declarou.

O ministro ainda pregou a "união de todos os brasileiros" e disse que "não existe, nesse momento, diferenças partidárias ou ideológicas".

A declaração contradiz a postura do presidente Jair Bolsonaro que, às vésperas do país alcançar as 100 mil mortes segundo dados oficiais, decidiu atacar governadores dizendo que há um objetivo de aumentar notificações de óbitos para "levar pânico à população".

Apesar de dizer que fez o "possível e o impossível" para evitar mortes, Bolsonaro adotou uma postura negacionista durante a pandemia, fez previsões de mortes cerca de 100 vezes menores que as registradas e lutou contra o isolamento social. Confira retrospectiva feita pela Fórum.

Com informações do Uol