Pesquisa mostra que apenas metade dos estadunidenses tomaria vacina contra coronavírus se já estivesse disponível

Pouco mais de 20% asseguram que não tomariam a vacina, enquanto 30% dizem não ter certeza se a tomariam ou não

Frascos de vacinas contra o novo coronavírus em teste (Foto: Reprodução)
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Segundo uma pesquisa da realizada pela agência de notícias Associated Press e pelo NORC (sigla em inglês do Centro Nacional de Pesquisas de Opinião da Universidade de Chicago), apenas metade dos estadunidenses aceitaria tomar uma vacina contra a covid-19 se já estivesse pronta.

Diante da pergunta “se uma vacina contra o coronavírus estiver disponível, você planeja ser vacinado?”, 49% dos entrevistados disseram que sim. Porém, 20% afirmaram que não, enquanto outros 30% disseram não ter certeza.

Os números preocupam, já que, segundo grande parte dos epidemiologistas, somente com uma taxa de imunização acima dos 70% (seja por vacina ou aquisição natural de anticorpos) seria possível interromper a propagação do vírus - as autoridades estadunidenses estimam que esta taxa, atualmente, varia em diferentes regiões do país, entre 5% e 20%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegura que seu país terá uma vacina contra o coronavírus pronta até o final deste ano, mas outras autoridades norte-americanas contestam esse otimismo, e consideram que os projetos realizados no país atualmente só terão produtos concluídos e capazes de serem usados no primeiro trimestre de 2021.

Por exemplo, o diretor do Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, Francis Collins, afirmou que a segurança da vacina deve ser uma prioridade, e isso faz com que o processo não possa ser tão rápido quanto o presidente alega.

“Eu não gostaria que as pessoas pensassem que estamos forçando os prazos, porque isso seria um grande erro. Penso que este é um esforço para tentar alcançar a eficiência, sem sacrificar o rigor científico”, comentou Collins.