A farmacêutica Pfizer está estudando o lançamento de uma vacina em pó contra a Covid-19 com o objetivo de driblar as dificuldades de distribuição do imunizante produzido em parceria com a BioNTech (BNT162).
Em entrevista concedida ao jornalista Josh Nathan-Kazis, da revista Barrons, na terça-feira (12), o diretor-geral da companhia, Mikael Dolsten, contou como a Pfizer está se preparando para a continuidade da vacinação contra a Covid-19 e revelou os planos do imunizante em pó.
Segundo Dolsten, a versão alternativa poderia ser transportada em refrigeradores comuns, o que facilitaria a logística da vacinação com o medicamento da farmacêutica. O imunizante atual, BNT162, precisa de temperaturas abaixo de 70 graus negativos.
A vacina em pó, no entanto, seria aplicada da mesma maneira que as habituais, segundo Dolsten. Ao chegar no local de vacinação, o conteúdo seria diluído e aplicado.
O executivo afirma que os cientistas têm obtido progresso no desenvolvimento do novo medicamento. A expectativa é que as primeiras doses estejam prontas no meio do ano e que substituam completamente a versão líquida-congelada até 2022.
Dolsten ainda afirmou que a empresa acredita que a imunização contra o SARS-Cov-2 será recorrente e que as atuais vacinas podem se tornar obsoletas em 2 anos em razão das mutações.
“Acho que o número de mutações que se acumularam neste curto período mostra que é muito razoável supor que dentro de um certo tempo - pode ser um ano, dois anos - as vacinas atuais, todas elas, perderão atividade. Eles não ficarão inativos durante a noite, mas vão perder gradualmente", avaliou.
Com informações da Barrons, da CNN Brasil e do Valor Econômico