PGR se posiciona em favor do passaporte da vacina contra Covid-19 no Rio

A Procuradoria diz que suspender o passaporte sanitário representa um “potencial risco de violac?a?o a? sau?de pu?blica”

Foto: Fabio Motta/Prefeitura do RioCréditos: Fabio Motta/Prefeitura do Rio
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou, nesta quarta-feira (13), parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, o órgão se manifesta pela manutenção da Corte em relação à “eficácia plena” do decreto que estabelece o passaporte da vacina contra a Covid-19 no Rio de Janeiro.

A PGR diz que suspender o passaporte sanitário representa um “potencial risco de violação à saúde pública” por possibilitar “eventual desestruturação das medidas adotadas pelo ente municipal no enfrentamento da epidemia”.

“Tendo o ente municipal demonstrado a necessidade da medida restritiva para a proteção da ordem e da saúde públicas, é de se reconhecer a indevida interferência do Poder Judiciário na esfera de atribuição do Poder Executivo local, a configurar ofensa à ordem pública em sua acepção jurídico-constitucional”, aponta o parecer, assinado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

Em 30 de setembro, acatando um pedido da Procuradoria-Geral do Município do Rio (PGM), O ministro Luiz Fux, presidente do STF, cassou a liminar que suspendeu o “passaporte da vacina no Rio”.

Conforme a prefeitura, entre os argumentos usados é que o decreto municipal está amparado em “evidências relacionadas à eficácia das vacinas e na avaliação dos espaços de potencial transmissão do vírus”.

Potencial risco

“Há de se reconhecer, portanto, que a decisão que se pretende suspender, além de contrariar o entendimento esposado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 6.586/DF, representa potencial risco de violação à saúde pública, ante a possibilidade de eventual desestruturação das medidas adotadas pelo ente municipal no enfrentamento da epidemia"” destaca a PGR.

Com informações de O Globo