Por nova portaria do governo, Bolsonaro teria que ser preso

Ministério da Justiça e da Saúde editaram portaria que determina quarentena e isolamento compulsório para pessoas com suspeitas de coronavírus com pena de prisão em caso de recusa

Jair Bolsonaro (Reprodução)
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Uma portaria conjunta editada nesta terça-feira (17) pelo Ministério da Justiça e da Saúde poderia levar o presidente Jair Bolsonaro à prisão. Isso porque a portaria estabelece quarentena e isolamento compulsório às pessoas com suspeitas de coronavírus.

Pela nova portaria, agentes de saúde poderão impor a quarentena ou o isolamento sem a necessidade de decisão judicial e podem ainda pedir auxílio da força policial. "A autoridade policial poderá encaminhar o agente à sua residência ou estabelecimento hospitalar para o cumprimento das medidas", diz o texto, que prevê a detenção de 15 dias a 2 anos, mais multa, àqueles que descumprirem a determinação da quarentena.

O próprio presidente Jair Bolsoanaro, no entanto, ao descumprir recomendações, afronta a portaria editada pelo seu próprio governo.

Ele é suspeito te ter sido infectado pelo coronavírus pois estava na mesma comitiva que viajou aos Estados Unidos em que 13 pessoas foram acometidas pela doença. Apesar de ter passado por testes que apontaram negativo para o coronavírus, ele permaneceu sob monitoramento e recomendação de ficar em quarentena, mas mesmo assim foi à manifestação do último domingo (15), cumprimentou e abraçou pessoas e ainda deu entrevistas.

Como se não bastasse, o presidente ainda informou que manterá sua festa de aniversário no próximo final de semana, desrespeitando as orientações para aqueles que estão sob suspeita de terem sido infectadas pelo vírus.

"Nós íamos passar por isso. O que está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo. Uma nação como o Brasil, por exemplo, só estará livre quando um certo número de pessoas for infectado e criar anticorpos", minimizou o presidente nesta terça-feira (17).