Prefeito de BH confronta governador de MG, não autoriza volta às aulas e recolhe alvará de escolas

Governador Romeu Zema (Novo) determinou volta presencial às aulas em 5 de outubro, mas Kalil (PSD), prefeito da capital mineira, considera que ainda não há segurança para a reabertura das escolas

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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), divulgou uma nota nesta quarta-feira (23) em que informa que as aulas presenciais em instituições de ensino da capital mineira não ainda não serão retomadas por conta da pandemia do coronavírus.

Na nota, Kalil informa que publicará no Diário Oficial do Município, na quinta-feira (24), o recolhimento dos alvarás de funcionamento de escolas de ensino fundamental e médio, creches e instituições de ensino superior de BH "por não termos indicadores epidemiológicos que nos dê segurança do retorno as aulas colocando em risco a vida de professores, alunos e familiares, além da possibilidade de provocação de surtos da pandemia a partir da redução do distanciamento nas escolas".

A nota de Kalil confronta diretamente a decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que mais cedo anunciou a reabertura das instituições de ensino mineiras a partir do dia 5 de outubro.

O plano do governo de MG prevê que as instituições organizem a volta às aulas sem punir os alunos que não comparecerem. Ou seja, o retorno presencial não será obrigatório, mas as escolas já terão autorização para reabrir. Segundo a secretaria estadual de Educação, será feito um monitoramento constante do retorno às aulas presenciais e novas medidas restritivas podem ser implantadas, e uma nova suspensão das aulas, caso os casos de contágio por Covid-19 aumentem, não está descartada.

Até a noite desta quarta-feira (23), segundo o Ministério da Saúde, o estado de Minas Gerais havia registrado, ao todo, 276.314 casos confirmados de Covid-19 e 6.897 mortes causadas pela doença.