Presidente do Conass: Live de Bolsonaro que associa vacinação à Aids é “falsa e grotesca”

Além de Carlos Lula, Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emilio Ribas, também criticou Bolsonaro: “O presidente tem uma fixação anal e precisa ir para o divã”

Carlos Lula - Foto: Divulgação/Governo do Maranhão
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O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, criticou a live, realizada na quinta-feira (21), em que Jair Bolsonaro divulgou uma fake news. O presidente leu uma “informação” de que “vacinados contra a Covid estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]”. Carlos Lula classificou como “absurda, trágica, falsa, mentirosa e grotesca”.

“Mais do que isso, ela impõe um ônus aos portadores de HIV. Mais um capítulo lamentável dessa sucessão de absurdos do presidente durante o enfrentamento da pandemia”, afirmou o presidente do Conass e secretário de Saúde do governo do Maranhão. As informações são da coluna Painel, na Folha de S.Paulo.

Fixação anal

Jamal Suleiman, infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, em entrevista à Folha, também desmentiu Bolsonaro: “O presidente tem uma fixação anal e precisa ir para o divã. Ao dizer isso, o presidente coloca em xeque o PNI (Programa Nacional de Imunização”, disse.

Live derrubada

O Facebook e o Instagram derrubaram na noite deste domingo (24), a live semanal de Bolsonaro transmitida na última quinta-feira (21).

O vídeo não está mais disponível em nenhuma das duas plataformas.

“Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, afirmou o porta-voz das redes sociais.

Bolsonaro usou as suas redes para espalhar uma fake news sobre as vacinas contra a Covid-19 produzida por um grupo negacionista do Reino Unido.

A “tese” em questão afirma que “as pessoas totalmente imunizadas estão desenvolvendo Aids”.