Professora negra morre de coronavírus após diagnostico errado de ataque de pânico

Mulher foi internada nos EUA com quadro grave depois de tentar ser atendida por duas vezes

Reprodução/Instagram
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A professora de estudos sociais Rana Zoe Mungin morreu nesta segunda-feira (27) de covid-19 após ter o quadro de saúde minimizado por duas vezes. O caso aconteceu em Nova York, nos EUA.

Com dificuldades respiratórias e comordidades que a colocavam no grupo de risco, Mungin buscou dois prontos-socorros e não foi diagnosticada com coronavírus. Um dos paramédicos que a atendeu disse que ela estaria com ataque de pânico.

Mia Mungin, enfermeira irmã de Rana, disse que a professora não recebeu o atendimento correto. "O paramédico insinuou que ela estivesse tendo um ataque de pânico. Ela ficou dizendo: 'Eu não consigo respirar'", disse ao site PIX11.

Cinco dias depois, em 20 de março, Rana foi internada no Hospital Brookdale com um quadro infeccioso mais grave. Ela teve logo que se entubada e usar ventilador mecânico. Depois de quase um mês de internação, ela não resistiu.

Reportagem de Eric Clare Brown, do portal The Appel, publicada no dia 10 de abril dá destaque ao caso de Mungin ao comentar sobre as dificuldades de pessoas negras a terem uma atendimento de saúde de qualidade durante a pandemia.

"Nos Estados Unidos, mulheres negras como Mungin há muito enfrentam barreiras sociais, econômicas e raciais significativas para receber assistência médica. As disparidades salariais, a falta de acesso a hospitais e consultórios médicos e o estresse crônico do racismo e os preconceitos implícitos dos prestadores de serviços contribuem para piores resultados de saúde para as mulheres negras versus seus pares brancos. Agora, médicos e formuladores de políticas estão preocupados com o fato de esses fatores estarem agravando a pandemia do COVID-19, criando maiores lacunas no atendimento e potencialmente aumentando a disseminação do vírus", diz trecho da matéria de Brown.

Com informações do Uol