Protagonista de um vídeo compartilhado por Jair Bolsonaro em que pede ao presidente o exército nas ruas para a abertura do comércio, a professora de caligrafia Fátima Montenegro disse que está recebendo ameaças após ser classificada como empresária e militante do bolsonarismo nas redes sociais.
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Em tuíte, o deputado Alexandre Frota (PSDB) insinuou que a professora, que tem duas microempresas - a ABZ Curso de Caligrafia, aberta em 1997, e a Fátima Montenegro Curso de Caligrafia, de 2010, ambas inaptas por "omissão de declarações -, teria sido contratada para "criar comoção".
“Que contrato, gente? Se tivesse esse contrato, eu estaria bem. Não tem isso", disse Fátima ao ser indagada pela Folha de S.Paulo sobre as acusações que teria sido contratada.
Ela diz que procurou Bolsonaro após ter se desesperado com o anúncio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que estendeu até 3 de maio o fechamento do comercio e de outras atividades não consideradas essenciais para combate da Covid-19.
Ela conta que já tentou vender seus cursos de caligrafia para políticos, sem sucesso, e que agora está passando por dificuldades para sustentar seus três filhos pois dá aulas em seu espaço de coworking que está fechado. A pensão paga pelos pais das crianças, diz ela, paga apenas o aluguel.
“Meu produto sou eu. O que eu sempre pedi, inclusive para governos anteriores, é que comprassem meu projeto”, afirma ela, que diz ter feito boletim de ocorrência por causa das ameaças que está sofrendo.
“Quero proteção, estão me ameaçando. Destruíram minha vida só por causa de um vídeo. Por causa de ideologia.”?