Reverendo que negociou vacinas em nome do governo pede para não depor na CPI

Amilton de Paula, que recebeu autorização do Ministério da Saúde para comprar 400 mil doses da AstraZeneca, apresentou à comissão atestado médico de 15 dias, a contar de 9 de julho

O reverendo Amilton de Paula – Foto: Reprodução/TV Globo
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O reverendo Amilton de Paula avisou aos integrantes da CPI do Genocídio, nesta segunda (12), que não poderá comparecer para depor na sessão prevista para quarta-feira (14).

Ele teve permissão do Ministério da Saúde para negociar a aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca em nome do governo.

Segundo integrantes da comissão, Amilton encaminhou um atestado médico de 15 dias, a contar de 9 de julho. O motivo seria uma crise renal, de acordo com a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

No entanto, outros representantes do colegiado destacaram que, no momento em que telefonaram para avisá-lo da convocação, o reverendo deu outra explicação: disse que não poderia comparecer porque seu advogado estaria viajando na data marcada para a oitiva.

Conforme o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), a comissão ainda não resolveu se selecionará outro nome para depor no lugar de Amilton.

Precisa

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter o direito de não depor à CPI do Genocídio.

Na última sessão, o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), deu voz de prisão a Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde por mentir em depoimento.

Dessa maneira, pode ser que os próximos depoentes temam que o mesmo possa acontecer com eles, caso caiam em contradição durante a fala na CPI.

Ainda assim, o depoimento de Emanuela está marcado para esta terça-feira (13) e nas próximas horas o STF deve decidir sobre o seu pedido.

Além disso, os advogados dela também pediram que, caso tenha de comparecer, que possa permanecer em silêncio.

Em outras palavras, a defesa da representante técnica da Precisa Medicamentos não quer que ela seja submetida ao compromisso de dizer a verdade.