Saúde garante que IFA chegará à Fiocruz no sábado e ao Butantan na próxima semana

Secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, participou de audiência no Senado Federal

A vacina da Astra/Zeneca - Foto: Heudes Regis/SEI Pernambuco
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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou nesta segunda-feira (17) que novos lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado da China, necessário para a produção das vacinas Covidshield (Oxford/AstraZeneca/Friocruz) e CoronaVac (Sinovac/Butantan) no Brasil, devem chegar nos dias 22 e 25 deste mês.

A primeira data, próximo sábado, é referente ao IFA necessário para a retomada da produção na Fiocruz. A entidade anunciou a interrupção da fabricação na última sexta-feira (14). Ao contrário do que era esperado inicialmente, a China deve enviar dois lotes de IFA de uma vez, necessários para produzir 18 milhões de doses.

A confirmação de que o insumo chegará no sábado foi feita por Cruz durante audiência na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado Federal. "A boa notícia é que hoje recebi a confirmação de que esses dois lotes vão ser embarcados no dia 21 de maio. Então, é uma quantidade suficiente para produção de aproximadamente 18 milhões de doses", disse.

A parceria entre Fiocruz e AstraZeneca prevê recebimento de 14 lotes. Até agora, sete foram entregues, o equivalente a 38,99 milhões de doses da matéria-prima para produção da vacina.

Butantan

O Instituto Butantan, que paralisou a produção na última sexta-feira (14), só deve receber remessas do IFA da Coronavac na próxima terça-feira (25), segundo o ministério. A expectativa do governo de São Paulo é mais pessimista: apenas no dia 26.

Relação com a China

Durante a audiência, a presidenta da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senadora Kátia Abreu (PP-TO), defendeu que o Senado forme uma comitiva para ir à China negociar com o governo do país asiático para transformar o Brasil em "um hub de produção de vacinas. Um grande sítio da Sinopharm para fornecer vacinas a toda a América Latina, Caribe e África.

"Vamos precisar de vacinas não só para este momento. Temos novas cepas chegando. Temos que fabricar vacina porque o Brasil pode ser a solução para os brasileiros e para parte do mundo. Só na área veterinária são 22 laboratórios. Essas indústrias de saúde animal têm capacidade de produzir 100% do IFA aqui no Brasil", defendeu.

Abreu ainda criticou o governo Bolsonaro pelos ataques ao parceiro comercial. "A disputa pelo IFA é grande. Está faltando IFA na China. Mas os ataques que têm sido feitos pelo presidente e alguns outros poucos membros do governo atrapalham o trabalho do embaixador chinês no Brasil. Se ele [Jair Bolsonaro] não acredita na vacina, não é a opinião geral do país. O país quer a vacina. Os brasileiros querem se vacinar. Não atrapalhe nosso trabalho para conseguir a vinda das vacinas", disse a parlamentar.

Com informações do Uol e da Agência Senado