Sírio-Libanês e Albert Einstein temem uso político de pesquisa sobre cloroquina por Bolsonaro

Estudo dos hospitais aponta para a não eficácia do medicamento. Pesquisa será concluída nas próximas semanas

Bolsonaro com medicamentos à base de cloroquina - Foto: Reprodução
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Hospitais de renome no Brasil, como Sírio-Libanês, Albert Einstein e Hospital do Coração (HCor), envolvidos em pesquisa sobre a eficácia da cloroquina contra a Covid-19, estão receosos sobre a divulgação dos resultados no país. A informação é da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.

O medo das entidades é que os estudos sejam utilizados para fins políticos, em especial por parte do presidente Jair Bolsonaro. Desde o início da pandemia, o ex-capitão tem insistido no uso do medicamento contra a doença. Diagnosticado com o vírus, o presidente voltou a defender e fazer propaganda da droga.

A cloroquina, no entanto, ainda não tem respaldo científico para uso contra o coronavírus. Na terça-feira (14), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) voltou a frisar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a droga para pacientes com a doença.

O comentário foi feito por Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes para Covid-19 da Opas. Em coletiva de imprensa, ele destacou que a OMS suspendeu a indicação da hidroxicloroquina por “não observar os benefícios do medicamento” e que, por isso, a organização “não recomenda o uso da hidroxicloroquina em pacientes da Covid-19”.

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