Sob ataque de Trump, OMS nega que esteja "centrada na China"

Presidente dos EUA chegou a ameaçar cortes nas contribuições ao órgão. A OMS alertou sobre os efeitos negativos de tal decisão na pandemia do coronavírus

Donald Trump em entrevista à Fox (Reprodução)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) respondeu nesta quarta-feira (8) as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o órgão estaria "centrado na China" durante a pandemia do coronavírus. Trump chegou a ameaçar cortes nas contribuições do país à entidade.

Em resposta, a organização negou as acusações e disse que a redução da verba poderia afetar negativamente a pandemia. "Ainda estamos na fase aguda de uma pandemia, então agora não é hora de reduzir o financiamento", disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em um coletiva de imprensa virtual.

De acordo com reportagem da Reuters, os EUA são o principal contribuidor da OMS, mesmo que Trump tenha acusado o órgão de ter emitido "más recomendações" sobre o surto do coronavírus.

Em 2019, o país contribuiu com mais de 400 milhões de dólares à OMS, quase o dobro da segunda maior doação dos outros Estados membros. A China, por outro lado, contribuiu com 44 milhões de dólares.