SP começa vacinação no máximo no dia 25 deste mês, diz secretário

Titular da Saúde afirma que campanha vai se iniciar no estado junto com o país, se ministério der a largada antes, ou na data que já estava marcada, se até lá a mobilização nacional não tiver começado

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn (Foto Governo do Estado de São Paulo)
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O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse nesta quinta-feira (7) em entrevista ao programa “Bastidores do Poder”, da Rádio Bandeirantes, que a vacinação contra a Covid-19 vai começar no estado no máximo dia 25 de janeiro.

A declaração foi dada depois de o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ter anunciado nesta quinta-feira que o governo federal vai comprar 46 milhões de doses da Coronavac. A vacina, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, está sendo fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista. Antes do anúncio de que ela seria incorporada ao Programa Nacional de Imunização, era com essas doses que São Paulo planejava começar sua campanha.

Mesmo assim, Gorinchteyn disse que o estado poderá iniciar a primeira fase da imunização em massa no dia 25, caso ela não tenha sido disparada até lá pelo ministério.

“No primeiro momento teremos a vacinação desse primeiro grupo que já estava previsto no programa estadual”, disse ele. São profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais e grupos indígenas e quilombolas. A expectativa do estado é que 9 milhões de pessoas estejam nesses grupos. “Teríamos 20% dessas vacinas [Coronavac que vão para o ministério]. Daria próximo a 9 milhões”, afirmou.

Eficácia

Nesta quinta-feira (7), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que a vacina confere redução de 100% dos casos graves e moderados de Covid-19 entre os vacinados e 78% para casos leves.

O instituto já iniciou o processo de pedido de uso emergencial para a dose na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Duas reuniões com a agência foram realizadas nesta quinta.

Segundo Gorinchteyn, o instituto vai enviar nesta sexta-feira (8) o dossiê dos estudos realizados com a Coronavac, que tem mais de 10 mil páginas, à Anvisa. “Dessa forma teremos 10 dias para análise dessa documentação”, disse.