Taxa de transmissão do novo coronavírus volta a crescer no Brasil

É a segunda semana seguida que índice fica acima de 1; estimativa feita pelo Imperial College de Londres chega a maior número desde maio

Representação do novo coronavírus (Foto: Pixabay)
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Pela segunda semana seguida, a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil estimada pelo Imperial College de Londres ficou acima de 1 e cresceu. Nesta terça-feira (24), a instituição divulgou que o índice, chamado de Rt, passou de 1,10 para 1,30. Esse valor é o maior desde maio.

O número indica que, a cada 100 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, outras 130 serão infectadas. Isso quer dizer que cada paciente com a doença a transmite a mais de uma pessoa, o que aumenta a chance de propagação.

Taxas inferiores a 1 indicam que a transmissão está sendo reduzida. Por outro lado, aquelas superiores a 1 apontam para uma contaminação crescente e fora de controle. Os pesquisadores estimam que a taxa possa variar de 0,86 a 1,45 nesta semana.

Um dado chama a atenção ao comparar as divulgações desta semana e da passada. No dia 17, os pesquisadores estimaram que, na semana passada, o total de óbitos pela doença no Brasil poderia ficar num intervalo entre 2.660 e 3.350. No entanto, ao compilar as estatísticas oficiais nesta segunda-feira (23) para atualizar o cálculo, os pesquisadores somaram 3.876 registros de mortes no período.

Para esta semana, a estimativa da equipe do Imperial College é mais pessimista: 5.450 vidas perdidas para a Covid, podendo ficar em um intervalo entre 3.620 e 5.780.