Através de sua conta de Twitter, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, elogiou a postura do governo da Argentina com relação à pandemia do novo coronavírus, dizendo que este país “tomou uma posição de liderança” a nível mundial, dentro da atual conjuntura.
A mensagem foi direcionada ao ministro da Saúde do país vizinho, Ginés González García, e foi uma resposta a uma ligação telefônica que ambos tiveram nesta quinta-feira (30).
Além de felicitar o governo argentino por “sua liderança em controlar a covid-19”, Ghebreyesus também lembrou que o país “felizmente está participando dos esforços solidários globais, aportando com as pesquisas de seus cientistas nacionais para desenvolver tratamentos e vacinas. Esperamos aprender com suas descobertas”.
Muchas gracias, @ginesggarcia, ?? Health Minister, for a very good call & for your leadership to control #COVID19. @WHO welcomes ??'s participation in the Solidarity Trial & your national research on therapeutics & vaccines. We're looking forward to learning from your findings.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) April 30, 2020
Os elogios do chefe da OMS à Argentina surgem, curiosamente, um dia depois dos mais agressivos ataques de Jair Bolsonaro à organização. Na noite desta quarta (29), o presidente brasileiro publicou postagens em suas redes sociais acusando a entidade de recomendar masturbação e sexo gay para crianças. Minutos depois, apagou as postagens.
As ofensas de Bolsonaro não foram respondidas pela OMS. Em vez disso, Ghebreyesus preferiu o diálogo com o governo de Alberto Fernández, cujo país tem um dos melhores desempenhos até agora, no combate ao coronavírus, com 4,2 mil infectados, 216 mortes e 1,3 pessoas recuperadas.