Um dia após ser atacada por Bolsonaro, OMS destaca “liderança” da Argentina no combate à pandemia

O próprio diretor-geral da entidade afirmou que o governo de Alberto Fernández “fomentou uma união política e científica que mantém saudável sua nação e o mundo”

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus (Foto: Consenso Salud)Créditos: Consenso Salud
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Através de sua conta de Twitter, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, elogiou a postura do governo da Argentina com relação à pandemia do novo coronavírus, dizendo que este país “tomou uma posição de liderança” a nível mundial, dentro da atual conjuntura.

A mensagem foi direcionada ao ministro da Saúde do país vizinho, Ginés González García, e foi uma resposta a uma ligação telefônica que ambos tiveram nesta quinta-feira (30).

Além de felicitar o governo argentino por “sua liderança em controlar a covid-19”, Ghebreyesus também lembrou que o país “felizmente está participando dos esforços solidários globais, aportando com as pesquisas de seus cientistas nacionais para desenvolver tratamentos e vacinas. Esperamos aprender com suas descobertas”.

Os elogios do chefe da OMS à Argentina surgem, curiosamente, um dia depois dos mais agressivos ataques de Jair Bolsonaro à organização. Na noite desta quarta (29), o presidente brasileiro publicou postagens em suas redes sociais acusando a entidade de recomendar masturbação e sexo gay para crianças. Minutos depois, apagou as postagens.

As ofensas de Bolsonaro não foram respondidas pela OMS. Em vez disso, Ghebreyesus preferiu o diálogo com o governo de Alberto Fernández, cujo país tem um dos melhores desempenhos até agora, no combate ao coronavírus, com 4,2 mil infectados, 216 mortes e 1,3 pessoas recuperadas.