Dono de uma fábrica de agrotóxico, o empresário Danir Garbossa, de 58 anos, morador de Contenda, no Paraná, agrediu um segurança por negar usar máscara no supermercado Condor, na cidade vizinha de Araucária, dando início à confusão que resultou na morte da funcionária Sandra Ribeiro, de 44 anos, que atuava como fiscal da loja.
Segundo o site De Olho nos Ruralistas, Garbossa é dono de uma empresa de agrotóxicos, a Gota Ltda, ou Gota Agr’óleo, junto com o filho homônimo. Garbossa é o sócio-administrador. A empresa com capital social de R$ 2,5 milhões foi fundada em 17 de abril de 1988 no bairro Lagoa das Almas, em Contenda, com a “fabricação de defensivos agrícolas” como atividade principal. Entre as outras atividades estão a fabricação de adubos, fertilizantes e — ironicamente — desinfetantes.
O carro-chefe da empresa é um produto chamado Agróleo, definido em peças publicitárias como “a evolução da pulverização agrícola”. Trata-se, segundo o site da Gota, de um espalhante adesivo composto por 97% de óleo natural, extraído da soja. É aplicado em conjunto com os demais pesticidas, para aumentar a eficácia da pulverização aérea.
A empresa dos Garbossa já foi multada, em 2010, pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mais precisamente, pela Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos da Coordenação Geral de Agrotóxicos e Afins.
Um vídeo, do sistema interno de segurança, mostra o momento em que Danir Garbossa agride o segurança que ofereceu gratuitamente uma máscara a ele, iniciando a confusão que resultou na morte da fiscal do supermercado.