Osmar Terra exonera 19 servidores da Funarte sem consultar Roberto Alvim

Alvim reagiu: "Meu departamento inteiro foi exonerado, não sei se os nossos teatros sequer vão poder abrir hoje. Isso provoca a paralisação de todo o meu trabalho"

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O ministro Osmar Terra, da Cidadania, exonerou 19 servidores do Centro de Artes Cênicas da Funarte sem consultar o diretor Roberto Alvim sobre a decisão. A informação foi publicada em portaria no Diário Oficial da União desta sexta (4). Alvim reagiu, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha: "Meu departamento inteiro foi exonerado, não sei se os nossos teatros sequer vão poder abrir hoje. Isso provoca a paralisação de todo o meu trabalho", afirma. Momento preocupante Jorge Lemos, presidente da Asserte (Associação de Servidores da Funarte), afirmou que "o momento é preocupante para esta fundação pública, pois não apenas sua autonomia vem sendo desconsiderada como princípios fundamentais da administração pública como a legalidade, a impessoalidade e a moralidade estão cada vez mais em xeque", diz. "O controle social é fundamental para que a Funarte permaneça como instituição pública e não de governo", segue Lemos. A Funarte, via assessoria de imprensa, afirma que "o Centro de Artes Cênicas da instituição pretende estudar cada caso e avaliar se solicitará anulação para alguns deles. Quanto aos cargos que ficarem vagos, pretende recrutar novos colaboradores técnicos, tanto na própria Funarte quanto fora da instituição". O ministério, via assessoria de imprensa, diz que não irá comentar. Roberto Alvim, que se tornou diretor da Funarte após chorar em entrevista dizendo que sua carreira acabou por apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), conseguiu alguma notoriedade após chamar Fernanda Montenegro de sórdida por "deturpar os valores mais nobres de nossa civilização, denegrindo nossa sagrada herança judaico-cristã". Nesta sexta-feira, a Fórum publicou matéria sobre o Projeto de Revitalização da Rede Federal de Teatros, criado por Roberto Alvim. O projeto prevê que o Teatro Glauce Rocha, no centro do Rio, seja transformado “no primeiro teatro do país dedicado ao público cristão”.  
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